Terapia contra o Alzheimer
Um grupo de cientistas que busca um tratamento para atrasar o avanço do mal de Alzheimer recebeu com esperança os resultados promissores de um pequeno ensaio clínico.
O fármaco experimental LMTM, da empresa TauRx Therapeutics Ltd., sediada em Cingapura, foi concebido para reduzir a acumulação das proteínas tau no cérebro. Quando o cérebro não funciona corretamente, essa proteína se acumula de forma anormal, provocando degenerações nos neurônios, como a doença de Alzheimer, a forma mais comum de demência.
Em um grupo de 891 pessoas com suspeita da doença, a maioria estava tomando, além da droga experimental, outros medicamentos já aprovados para a doença de Alzheimer. Mas um subgrupo menor, de cerca de 100 pacientes que estavam tomando apenas o fármaco experimental e não recebiam nenhum outro tratamento para Alzheimer, mostrou um ritmo de atrofia cerebral muito lento. Isso quer dizer que os pacientes que tomaram o LMTM como monoterapia tiveram um declínio significativamente menor do que os pacientes de controle ou do que aqueles que tomaram o LMTM associado a outros tratamentos existentes para Alzheimer.
Especialistas não envolvidos no estudo, porém, pediram cautela na interpretação dos resultados.
“O pequeno número de participantes que receberam a medicação do estudo como monoterapia levanta questões muito importantes. São necessárias pesquisas adicionais para nos ajudar a entender esses resultados, para que mais e melhores terapias para o Alzheimer possam ser criadas e efetivamente testadas”, acrescentou Maria Carrillo, diretora científica da AAIC.
O estudo mostrou também que 80% dos participantes relataram pelo menos um evento adverso, incluindo distúrbios do sistema gastrointestinal ou nervoso, infecções e problemas renais. Quase 47 milhões de pessoas no mundo sofrem algum tipo de demência, um número que deverá subir para 131,5 milhões até 2050, segundo a federação Alzheimer’s Disease International. Não há cura para a doença, mas a agência sanitária americana Food and Drug Administration aprovou cinco medicamentos nos últimos 20 anos para tratar seus sintomas.
Notícia retirada do site http://glo.bo/2ai1Zit na data 17/08/16.